Quem nunca se encantou com um produto luxuoso e saiu feliz por pagar um preço bem mais barato por ele? Você sabia que a indústria da moda percebeu isso e tem feito dos produtos de segunda mão uma nova tendência de mercado que cresce exponencialmente?
Chamados também de Second hand ou pre-owned, esses produtos são ainda mais populares entre a Geração Z (pessoas nascidas a partir dos anos 2000).
A revenda de artigos luxuosos gerou um faturamento de US$ 4,9 bilhões em 2022, segundo dados da empresa Statista. Ela ainda estima que, até 2027, esse valor pode atingir US$ 14,7 bilhões.
E só no Brasil, espera-se que este segmento cresça entre 15% e 20% nos próximos sete anos.
Exemplos de empresas
Diversas empresas da indústria da moda estão aderindo ao movimento das roupas de segunda mão. Uma delas é a Arezzo&Co, gigante nacional da indústria e do varejo de calçados. No fim de 2020, ela adquiriu 75% do capital do brechó on-line Troc. E, em junho de 2023, inaugurou o primeiro ponto de venda físico fixo em Curitiba (PR).
Também em junho, o Shop2gether, e-commerce de moda e lifestyle do Icomm Group (São Paulo) anunciou a sua entrada no mercado de segunda mão. E trouxe como seu primeiro parceiro o brechó de luxo Cansei e Vendi. A parceria iniciou a frente de negócios denominada 2ndshop.
Outra empresa que tem apostado na estratégia do Second hand: a varejista Renner (Porto Alegre/RS), que anunciou a compra da Repassa – plataforma online de revenda de roupas, calçados e acessórios. O objetivo da Renner era potencializar a marca e torná-la líder na América Latina.
A Repassa foi fundada em 2015 e busca aumentar o ciclo de vida de 70% das roupas que não são mais usadas. A marca atua em todo o Brasil e tem como principal público mulheres das classes B e C+.