Um estudo da Oxfam publicado mostra como a riqueza global está concentrada na mão de poucas pessoas, enquanto a pobreza segue bem distribuída na humanidade. A pesquisa aponta que o 1% mais rico do mundo adquiriu seis vezes mais riquezas que 90% dos trabalhadores e do restante da população. Na prática, isso equivale a dizer que o 1% ficou com quase 2/ 3 da riqueza mundial produzida nos últimos dois anos (cerca de US$ 42 trilhões).
O novo relatório da Oxfam, “A Sobrevivência do mais rico – por que é preciso tributar os super-ricos agora para combater as desigualdades” revela como a classe econômica dominante se apodera das riquezas do planeta em benefício próprio enquanto submete a maioria da população a condições degradantes de existência. Este relatório também diz que, entre 2020 e 2022, a fortuna dos bilionários cresceu 5 bilhões de dólares por dia.
Tributação dos mais ricos
O relatório da Oxfam também aponta a necessidade de aumentar amplamente a tributação dos super-ricos. Esse mecanismo permitiria recuperar parte dos ganhos obtidos pelos lucros excessivos durante a pandemia do Covid-19.
Entre 2020 e 2022, cada bilionário ganhou 1,7 milhão de dólares (o que equivale hoje a R$ 8,8 milhões) para cada dólar obtido por uma pessoa pertencente aos 90% mais pobres no mesmo período. Em 2022, o Brasil chegou a ter 284 bilionários. E dados da Credit Suisse indicam que os 3.390 mais ricos do país detêm 16% de toda a riqueza nacional.